Filosofar por aí
Hoje, passeando por aí, vi alguém parecido com outro alguém, que me levou a pensar.. onde andará o G.? o moçoilo fez parte integrante da nossa vida durante um intenso ano e depois evaporou-se. Todos nos questionamos por onde andará o G., mas ninguém tenta saber nada dele. Estranho!
Isto levou-me àquele dia passado com o G. lá para os lados de um cadinho à frente de Mayotte (leia-se linha, que todos percebem). O convite foi feito porque o “bijou” ía lanchar com uma moça amiga, e pelo facto da dita ser casada, o moçoilo como é respeitador leva a amiga “eu” de arrasto para não ficar mal visto perante o marido da moça e perante a sociedade. Não estou eu a pensar…foi-me dito que a minha presença era solicitada apenas para não haver confusões.
Enquanto esperávamos que a amiga saísse do trabalho, fomos os dois ver-o-mar, passeando lado a lado em amena cavaqueira:
Gaijo: Tenho de ver se acabo o doutoramento para o ano, senão não acabo mais aquela gaita.
Eu: Ainda andas a ler Platão?
Gaijo: além do Platão, tenho em mãos vários autores.
Eu: Mas o que estás a ler agora?
Gaijo: Ortega. Mas tive de passar por kierkegaard, Hegel, Fuerbach Marx e mais alguns, quase todos ao mesmo tempo.
Eu: Eh pa! Nem me fales do Kierk que até se me arrepio toda. O moçoilo era um cadinho depré, mas lá dizia umas coisas.
Gaijo: A única parte que gosto nele, é quando conclui que o homem se reconhece finito enquanto parte e momento da realização de uma totalidade infinita, porque a vê como uma etapa de algo maior, cujo sentido é infinito.
Eu: Ok concordo, mas se reparares na base das tentativas filosóficas que se deram ao longo da história, estamos habituados a ver pensamentos de ordem da reforma do conhecimento, da política e da moral. Com o Kierk não encontro esse tipo de motivações. Se reparares, isso evidencia-se quando o gaijo reage ao sistema hegeliano. Para mim o pensamento do gaijo era mais de revolta contra a ideia do próprio sistema e o que este representava em si. Sem falar que era meio depré.
Gaijo: Eh pa, mas prefiro autores como o Popper e o Ortega.
Eu: Ok, filósofos do século XX
De repente entramos num túnel, onde do outro lado ficava o mar. A Malta numa tentativa de desbloquear a conversa diz na paródia…
Eu: Uhhhh! Um túnel, as coisas giras que se fazem em túneis!
Gaijo…. (com cara de assustado)
Eu… (ok, o moço ainda tem um ataque cardíaco)
E lá fomos ver-o-mar, Eu ele o Ortega e o Popper.
Depois de ver-o-mar e da amena cavaqueira, lá voltamos para o carro para o encontro com a amiga do gaijo. Um frio de rachar, a je de manga curta em pleno verão (normal!!!!) e caladinha que nem um rato… dizer “estou com frio” estava fora de questão… o homem ainda se me "morriassis" nos braços.
Eis que o moço abraça a je, pois não havia casaco e percebeu que a je estava com frio. E meus caros, foi o abraço mais tenso que algum homem alguma vez me deu (nã, consigo descortinar mais um ou dois). Percorremos o resto do caminho em silêncio e quando chegamos ao carro questiono:
Eu: Oh gaijo, tu não estás muito à vontade com uma gaija!!!
Gaijo: nota-se muito?
Eu: Nã, impressão tua.
Gaijo. Yap, acho que desaprendi estas coisas simples, desde que levei o último pontapé no estômago.
Eu: amigo, o que se desaprende volta-se a aprender, é preciso é que a malta queira.
Lá fomos ter com a amiga, socializando com o Popper e com o Ortega e ainda hoje penso... será que o moço reaprendeu? Penso que não, deve andar ocupado com o Popper e com o Ortega ;)
Isto levou-me àquele dia passado com o G. lá para os lados de um cadinho à frente de Mayotte (leia-se linha, que todos percebem). O convite foi feito porque o “bijou” ía lanchar com uma moça amiga, e pelo facto da dita ser casada, o moçoilo como é respeitador leva a amiga “eu” de arrasto para não ficar mal visto perante o marido da moça e perante a sociedade. Não estou eu a pensar…foi-me dito que a minha presença era solicitada apenas para não haver confusões.
Enquanto esperávamos que a amiga saísse do trabalho, fomos os dois ver-o-mar, passeando lado a lado em amena cavaqueira:
Gaijo: Tenho de ver se acabo o doutoramento para o ano, senão não acabo mais aquela gaita.
Eu: Ainda andas a ler Platão?
Gaijo: além do Platão, tenho em mãos vários autores.
Eu: Mas o que estás a ler agora?
Gaijo: Ortega. Mas tive de passar por kierkegaard, Hegel, Fuerbach Marx e mais alguns, quase todos ao mesmo tempo.
Eu: Eh pa! Nem me fales do Kierk que até se me arrepio toda. O moçoilo era um cadinho depré, mas lá dizia umas coisas.
Gaijo: A única parte que gosto nele, é quando conclui que o homem se reconhece finito enquanto parte e momento da realização de uma totalidade infinita, porque a vê como uma etapa de algo maior, cujo sentido é infinito.
Eu: Ok concordo, mas se reparares na base das tentativas filosóficas que se deram ao longo da história, estamos habituados a ver pensamentos de ordem da reforma do conhecimento, da política e da moral. Com o Kierk não encontro esse tipo de motivações. Se reparares, isso evidencia-se quando o gaijo reage ao sistema hegeliano. Para mim o pensamento do gaijo era mais de revolta contra a ideia do próprio sistema e o que este representava em si. Sem falar que era meio depré.
Gaijo: Eh pa, mas prefiro autores como o Popper e o Ortega.
Eu: Ok, filósofos do século XX
De repente entramos num túnel, onde do outro lado ficava o mar. A Malta numa tentativa de desbloquear a conversa diz na paródia…
Eu: Uhhhh! Um túnel, as coisas giras que se fazem em túneis!
Gaijo…. (com cara de assustado)
Eu… (ok, o moço ainda tem um ataque cardíaco)
E lá fomos ver-o-mar, Eu ele o Ortega e o Popper.
Depois de ver-o-mar e da amena cavaqueira, lá voltamos para o carro para o encontro com a amiga do gaijo. Um frio de rachar, a je de manga curta em pleno verão (normal!!!!) e caladinha que nem um rato… dizer “estou com frio” estava fora de questão… o homem ainda se me "morriassis" nos braços.
Eis que o moço abraça a je, pois não havia casaco e percebeu que a je estava com frio. E meus caros, foi o abraço mais tenso que algum homem alguma vez me deu (nã, consigo descortinar mais um ou dois). Percorremos o resto do caminho em silêncio e quando chegamos ao carro questiono:
Eu: Oh gaijo, tu não estás muito à vontade com uma gaija!!!
Gaijo: nota-se muito?
Eu: Nã, impressão tua.
Gaijo. Yap, acho que desaprendi estas coisas simples, desde que levei o último pontapé no estômago.
Eu: amigo, o que se desaprende volta-se a aprender, é preciso é que a malta queira.
Lá fomos ter com a amiga, socializando com o Popper e com o Ortega e ainda hoje penso... será que o moço reaprendeu? Penso que não, deve andar ocupado com o Popper e com o Ortega ;)
Comentários
Eu sei que não sou eu, eu gosto de gente bem viva na minha vida ;)
eh pa! mas anda para aí tanta gente que leva um pontapé no estômago e morre para a vida que até faz dó...
paranóias. que se há-de fazer?
Everywhere I look around
Love is in the air
Every sight and every sound
And I don't know if I'm being foolish
Don't know if I'm being wise
But it's something that I must believe in
And it's there when I look in your eyes
Minha querida Cricket, confesso-te que de filosofia percebo pouco, e de abraços então quase nada, mas posso dizer-te que um abraço só é tenso quando é especial...
Vai ser giro!
A sério...
E não há filosofo que entenda de abraços!
TENHO DITO
Hoje estás com tudo ;) Ele é o Sinatra de um lado e o Love Boat por aqui (até me senti no indochina) ;)
Quanto`aos abraços tensos tens duas hipóteses:
1ª a coisa é tensa porque os dois vibram com o abraço e a coisa é tensa de tão "intensa" e especial.
2ª a coisa é tão tensa que o corpo de quem o dá parece de pedra e quem o recebe até se assusta.
O abraço que me foi dado foi a 2ª hipotese.
E o luves is not in the air my dear... a história tem um ano (verão passado) e realmente os filosofos não percebem nada de abraços ;)
Tradução:
O kierk era um ganda pain in the ass. Ou seja, era estupidamente depressivo e do contra.
Se reparares, geralmente as ideias filosoficas estão relacionadas com a politica, moral ou a nível do conhecimento.
O gaijo limitava-se a estar do contra porque o sistema da altura era a vertente hegeliana (Hegel) ou seja, o gaijo gostava era de marrar com o outro. ;)
simple as that ;)
Beijos
Tens andado muito ausente ;)
Um "pontapé" daqueles doi a todos. Mas não vamos ficar presos a vida inteira a um "pontapé".
O moço já estava agarrado ao "pontapé" há pelo menos 2 anos quando o conheci... espero que tenha saido dessa... porque mais de um ano já é doença!!!! ou é gostar muito pouco de si.
;)
sabes q há pontapés que fazem derrames internos e o irudoid nao cura esses...tem de ser de outras formas...n é facil n é facil...
Beijos
TENHO DITO