Apeteceu-me...
A malta está a reler um dos seus livros preferidos em Ingreis, “O retrato de Dorian Gray”, do meu preferido ” Oscar Wilde. Cada vez que releio este livro, dou por mim em novas abordagens ao tema, sempre compostas de uma nova visão. Estas novas visões ao tema podem estar associadas, talvez à fase da vida a que estou a passar, mas de todas as vezes, olho a história, no momento, com outros olhos de ver.
Para quem nunca o leu, a história anda em redor de um órfão rico, mimado, libertino e que prima pela beleza física. Não sente culpa, preocupações ou remorsos. Os anos passam e o moçoilo não envelhece, caminhando pela vida aparentando a pureza que possuía em criança. Contudo, existe um quadro seu, algures num salão, que o revela a envelhecer velho e feio. Ora, o moçoilo aproveita-se do facto da sua aparência jovem e sedutora para manifestações de egoísmo e discursos nada correctos para com os outros. Mais tarde o nosso amigo entra numa espiral de auto-destruição e finito.
Explicações à parte, fui buscar o nosso belo Dorian porque só vejo, hoje em dia, protagonistas na vida com a mesma postura. Pessoas “aparentemente” resolvidas do neurónio, simpáticas, sorridentes, possuidoras de um discurso ensaiado, intelectualmente com um nível superior que as coloca no campo do socialmente interessante.
Compreendo e sei que existe uma necessidade de alimentar a nossa relação com o outro, mas dou por mim a reparar, hoje em dia, em máscaras sociais que saltam abundantemente devido a um marketing pessoal que se tornou algo muito importante. Contudo, quem as usa terá de ser credível, pois sem credibilidade a coisa não resulta. Por outro lado a desconfiança, ter o pé sempre atrás, pois o mais provável é estarmos na presença de alguém possuidora de uma máscara social e a todo o momento esperar que ela caia.
Sim, as máscaras sociais podem ser mais ou menos convincentes, mas é uma questão de tempo, todas caem. Pelas máscaras, disfarçam-se convicções, elogia-se desmedidamente e desnecessariamente, manipula-se o outro. Claro que este tipo de situações pode ser consciente ou inconsciente num limiar do socialmente conveniente. Inconscientemente elas surgem quando se busca um parceiro, quando queremos ser aceites num grupo (lá pela adolescência) ou queremos agradar a um superior. Conscientemente a coisa muda de figura, por aqui o objectivo é tirar partido da coisa.
Independentemente da máscara que se usa teremos de ter em atenção o impacto que esta tem em nós e nos outros. Devemos ter em atenção que o que dizemos ao outro, para ele é verdadeiro, e se a imagem que passamos é um discurso saudável simpático e límpido, claro que é isso que o outro vê.
Contudo, este exame interno não é fácil. Nem para O Dorian Gray o foi, aquilo que vejo como leitora, ele (personagem) demorou a lá chegar, não é fácil. Nesta obra, revejo desnudada a falsidade social dissimulada que nos é dirigida diariamente, aparentemente inofensiva e que deixa marcas a todos quando as máscaras caem. São elas que complicam coisas simples e banais, tanto a nível interno como externo. Há quem lide com elas, há quem se vicie nelas, há aqueles que já nem sabem quem são de tantas máscaras que usam e há aqueles que nem dão por elas na sua vida.
E apeteceu-me falar de coisas sérias, ou estou de TPM… bah!!!!
Para quem nunca o leu, a história anda em redor de um órfão rico, mimado, libertino e que prima pela beleza física. Não sente culpa, preocupações ou remorsos. Os anos passam e o moçoilo não envelhece, caminhando pela vida aparentando a pureza que possuía em criança. Contudo, existe um quadro seu, algures num salão, que o revela a envelhecer velho e feio. Ora, o moçoilo aproveita-se do facto da sua aparência jovem e sedutora para manifestações de egoísmo e discursos nada correctos para com os outros. Mais tarde o nosso amigo entra numa espiral de auto-destruição e finito.
Explicações à parte, fui buscar o nosso belo Dorian porque só vejo, hoje em dia, protagonistas na vida com a mesma postura. Pessoas “aparentemente” resolvidas do neurónio, simpáticas, sorridentes, possuidoras de um discurso ensaiado, intelectualmente com um nível superior que as coloca no campo do socialmente interessante.
Compreendo e sei que existe uma necessidade de alimentar a nossa relação com o outro, mas dou por mim a reparar, hoje em dia, em máscaras sociais que saltam abundantemente devido a um marketing pessoal que se tornou algo muito importante. Contudo, quem as usa terá de ser credível, pois sem credibilidade a coisa não resulta. Por outro lado a desconfiança, ter o pé sempre atrás, pois o mais provável é estarmos na presença de alguém possuidora de uma máscara social e a todo o momento esperar que ela caia.
Sim, as máscaras sociais podem ser mais ou menos convincentes, mas é uma questão de tempo, todas caem. Pelas máscaras, disfarçam-se convicções, elogia-se desmedidamente e desnecessariamente, manipula-se o outro. Claro que este tipo de situações pode ser consciente ou inconsciente num limiar do socialmente conveniente. Inconscientemente elas surgem quando se busca um parceiro, quando queremos ser aceites num grupo (lá pela adolescência) ou queremos agradar a um superior. Conscientemente a coisa muda de figura, por aqui o objectivo é tirar partido da coisa.
Independentemente da máscara que se usa teremos de ter em atenção o impacto que esta tem em nós e nos outros. Devemos ter em atenção que o que dizemos ao outro, para ele é verdadeiro, e se a imagem que passamos é um discurso saudável simpático e límpido, claro que é isso que o outro vê.
Contudo, este exame interno não é fácil. Nem para O Dorian Gray o foi, aquilo que vejo como leitora, ele (personagem) demorou a lá chegar, não é fácil. Nesta obra, revejo desnudada a falsidade social dissimulada que nos é dirigida diariamente, aparentemente inofensiva e que deixa marcas a todos quando as máscaras caem. São elas que complicam coisas simples e banais, tanto a nível interno como externo. Há quem lide com elas, há quem se vicie nelas, há aqueles que já nem sabem quem são de tantas máscaras que usam e há aqueles que nem dão por elas na sua vida.
E apeteceu-me falar de coisas sérias, ou estou de TPM… bah!!!!
Comentários
Beijos poéticos
TENHO DITO
Ai a casal Garcia.. ahahahahahaah ;)
beijos
sorry about that, devia ter colocado logo no inicio que existia a possibilidade possibilitiva de estar de TPM, né? assim já não lias o resto do texto ;)
a TPM é do caraças, dá para estas coisas, oh feliz de ti que não tens destes desvaneios ;)
beijos
eu e as minhas dislexias, bah!!!
Pena que o autor fosse...
Bem, deixa-me estar calado...
Ainda bem que te apeteceu. Na maioria dos casos apetece, mas... há sempre um "mas" e não se faz, não se escreve, não se diz.
Ainda bem que tens a coragem de reflectir e expor o miseriável estado de espírito em que muitos vivem.
Vitor,
Ou também tu estás com a TPM versão masculina, ou nunca apanhaste com um destes seres, ou és precisamente um dos que insiste em viver na quadra carnavalesca.
Yours...