E para começar...
Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Amo-te como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.
Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
Amo-te diretamente sem problemas nem orgulho:
assim amo-te porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com o meu sonho.
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
amo-te como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Amo-te como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.
Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
Amo-te diretamente sem problemas nem orgulho:
assim amo-te porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com o meu sonho.
Soneto XVII
Pablo Neruda
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